Cachoeira ganha mais fama com a Festa Literária Internacional
Conhecido pela importância histórica para a Bahia e o Brasil, o município de Cachoeira passou a ganhar mais fama também com a literatura. Pela quinta vez, a cidade da região do Recôncavo sedia a Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica). Com apoio do Governo do Estado, por meio do Programa Estadual de Incentivo ao Patrocínio Cultural (FazCultura), do governo federal e da iniciativa privada, o evento foi aberto oficialmente na noite desta quarta-feira (14), no Convento do Carmo.
Representando o governador Rui Costa, que está cumprindo agenda fora do País, o secretário de Cultura do Estado, Jorge Portugal, afirmou na abertura da Flica que um dos destaques da edição de 2015 é o Espaço Educar para Transformar, onde acontecem diversas ações de secretarias estaduais. Quem prestigiou a primeira noite do evento pôde conferir as apresentações da Filarmônica Minerva Cachoeirana e da Filarmônica Lyra Ceciliana.
“A sensibilidade do governador Rui Costa [em ampliar a participação do Estado no evento] foi imediata. Ele abraçou e entendeu [a importância da Flica]. Até domingo [18] teremos mesas [de debates], ações da Fundação Pedro Calmon, da Fundação Cultural [Funceb), Ipac, entre outros [órgãos]”, disse Portugal.
Com o tema ‘Gentes Brasileiras’, a primeira mesa da Flica foi mediada pelo secretário de Cultura do Estado e teve a participação do escritor e jornalista Igor Gielow e do baiano e integrante da Academia Brasileira de Letras (ABL), Antônio Torres, o grande homenageado desta edição da Flica. Na abertura do evento, Torres, que não conhecia Cachoeira, declarou estar encantado com a cidade. Ele também afirmou que ficou surpreso com a homenagem.
Quanto à participação mais efetiva do governo estadual nesta edição, o escritor disse que “há um indicativo muito forte do sucesso, do acerto do evento, [em] que o Estado resolveu se juntar mais fortemente a todos que apoiam a Flica”. A festa literária continua até domingo (18) com ampla programação para cachoeiranos e turistas, que pode ser conferida no site da festa literária.
Evento multicultural - Integrante da Irmandade da Boa Morte e presidente da Confraria de Oyá, Ebomi Nice ressaltou que a Flica é um dos eventos literários mais importantes do País e evidencia a capacidade de Cachoeira em receber eventos multiculturais. “Cachoeira é uma cidade heróica, histórica, que merece isso que a Flica vem fazendo".
Centenas de livros, de diversos temas entre clássicos da literatura e lançamentos, devem atrair milhares de pessoas à Flica. No espaço da Editora da Universidade Federal da Bahia (Edufba), por exemplo, dezenas de publicações de autores baianos estão à disposição e sendo comercializados com descontos especiais ou a preços populares.
A vendedora de livros Vania Fraga informou que boa parte dos livros da editora falam sobre as etnias em temas como a história da África e da cultura baiana. “A Edufba, no ano de 2014, editou 100 títulos. São pesquisadores da Ufba, que fazem um trabalho de divulgação das suas pesquisas”.
Fliquinha - Na festa literária deste ano há também mais opções para as crianças. A partir desta quinta-feira (15) haverá contação de história, música, apresentações teatrais, filmes, oficinas de brinquedos e lançamento de livros infantis dentro da programação da Fliquinha.